Bruna, a mentirosa que dedicou seu talento a Deus
Quem assiste à Rede Super (Canal 55, em Curitiba) conhece a
Bruna. Tenho o privilégio de conversar com ela algumas vezes, estimulando-a e
parabenizando pelo talento espetacular.
A moça esguia, inteligente,
de rosto simpático e voz clara, é um talento na arte de improvisar. Inventa
estórias incríveis, como aquela de que era passageira de um navio que naufragou
e que, ao sair dele, salvou muitas pessoas ao mesmo tempo, pondo algumas sentadas
sobre os ombros, segurando outras montadas no próprio pescoço, acomodando
outras na cintura e pegando outras pelos braços, etc. Nem um super-herói
conseguiria fazer isso – e menos ainda inventar diante das câmeras!
O testemunho da Bruna é lindo: ela realmente se converteu num
velório, quando caiu em si para o fato de que mentia tanto que nem sabia quem
era!
Desde então, Bruna converteu também seu “talento”: consagrou
a Deus sua capacidade de mentir e a transformou no talento para inventar coisas.
Já assisti a muitas peças teatrais em que Bruna foi a estrela principal – geralmente
em peças encenadas no “Nataleluia”, evento anual do calendário cultural de
Curitiba, como Crônicas de Nárnia e Violeta Caron (no Teatro Positivo e na PIB Curitiba).
Algumas pessoas cristãs com que lido, em função da pós-graduação
em Desenvolvimento Editorial e atividades correlatas, estudam com a talentosa
Bruna, que também é professora de pós-graduação em Artes Cênicas.
Bruna é uma prova de que “Deus chama as coisas que não são para
confundir as que são”. Bruna era uma mentirosa, mas hoje é artista com a criatividade
dedicada a Deus.
Infelizmente estou falando de uma exceção. Conheço o lado
oposto, dentro de algumas igrejas evangélicas. São pessoas que, dentro das
igrejas, ou em atividades correlatas, parecem legitimar a expressão “santinha
de pau oco”, mas mostram, através da internet e nos relacionamentos pessoais, que
não têm temor de Deus. Pintam e bordam. Envergonham o Nome de Jesus e
escandalizam aqueles que deveriam ter evangelizado – não com as palavras
bonitas de quem tem carisma para encantar, mas com a coerência dos atos, que fala
mais alto.
Por quê? Porque desvirtuaram o talento que Deus deu: de
talentosas escritoras ou poetas, passaram a usar a criatividade para enganar os
pais, os irmãos, os amigos, os pretendentes…
Certas mentiras duram 24 horas, outras nem tanto. Outras só serão
desmascaradas ao longo do tempo, ou, quem sabe, só “do lado de lá”. No entanto,
nenhuma delas fica impune, e as que mais demoram a ser descobertas geralmente são
as piores: a pessoa nunca mais recupera a credibilidade.
Oxalá Deus dê oportunidade para que se arrependam, para que não
aconteça como ao anjo de Laodiceia, no Apocalipse. “Aconselho-te…”
Comentários
Postar um comentário