Segredos de tio Jó - "Não vivo sem ele"

           
Outro dia tio Jó pesquisou na internet e me mostrou uma declaração em que a pessoa diz que recebeu diagnóstico de depressão crônica e passou a usar certo medicamento, e que ele produziu efeitos, e agora “não vivo sem ele”.
Isso produziu nele uma “tristeza crônica”, porque conhecia a pessoa e afirmou que ela conhece a Palavra de Deus intensamente, desde a infância.
Esclarecendo:
A “tristeza crônica” não é simplesmente porque a pessoa recebeu um diagnóstico de problema psicossomático crônico e também não é porque a pessoa consultou. Afinal, o próprio Jesus disse que quem está doente precisa de médico e a Ciência tem feito muitos avanços e contribuído para o bem-estar de milhões de pessoas.
Infelizmente, no Brasil a saúde social é o caos e, além disso, desde que tio Jó estava cursando medicina (na UFPEL, 1977-1982), havia laboratórios que compravam médicos (literalmente, dando inclusive viagens à Europa e carros) para receitarem porcarias aos pacientes, tratando-os como ratos de laboratório!
Lamentavelmente não melhorou. Em 2015, a mídia divulgou que havia “profissionais” diagnosticando câncer para quem não o tinha (!) e receitando um remédio que custava 4.000 reais CADA COMPRIMIDO! Então o paciente era incitado a entrar na Justiça para o Governo pagar! Com isso, os mercenários ganhavam gordas comissões!
Alguém duvida de que os laboratórios e tal pessoa sem escrúpulos estavam enchendo o bolso à custa do sofrimento desnecessário de seus pacientes? Digo, de suas vítimas!
Mas voltemos ao caso inicial.
“Tenho depressão crônica e passei a usar o remédio X. Não posso viver sem ele”.
Não estou afirmando que o médico inventou o diagnóstico ou que o remédio não é bom. A "tristeza crônica” é porque a pessoa confessou que tal droga é a sua vida, quando podia perfeitamente ser livre (Isaías 53, etc.). Mas de Jesus, que DE FATO era para ser a vida dela, alguma vez foi dito: “Não posso viver sem Ele”?
Pelo menos tio Jó não conseguiu encontrar uma declaração assim.
Há alguns anos, encontrei nas redes sociais pessoas também evangélicas seguindo páginas obscenas, postando fotos turísticas com relacionamentos abominados por Deus e coisas piores. Pactuei comigo mesmo nunca mais acessar tais perfis (e ocultei o meu para que tais pessoas nem me achem), pois fariam melhor em esconder sua origem evangélica, para não envergonhar o Nome de Jesus.
Em Mateus 23, Jesus lamentou pelo que estava para sobrevir a Jerusalém. Em João 11, Ele chorou. E hoje? Como será que Ele reage, vendo que pagou o preço, porque não podemos viver sem Ele, mas alguns de Seus filhos confessam que não podem viver sem uma droga química?
Em Jeremias 13, o povo foi alertado para se precaver das trevas, mas a escritura confessa: “se não ouvirdes, a minha alma chorará em segredo e os meus olhos se desfarão em lágrimas, porque o povo do Senhor foi escravizado”.
O que será que Ele sente hoje, quando alerta Seus filhos e filhas contra relacionamentos destruidores e eles teimam? Ou, se por simples cantada do médico a pessoa declara publicamente que vive pela fé em um remédio, como é que ela reagirá se um terrorista desafiá-la a negar Jesus?
Lembro-me ainda de tio Jó balançando a cabeça de um lado para outro e repetindo, cabisbaixo:
“Quando o filho do homem voltar porventura achará fé na terra?”

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